sábado, 21 de abril de 2012

District 9 - Capitulo nove - Salvamos o distrito


Capitulo nove
Salvamos o distrito

Entramos na casa do Senhor David, era agora ou nunca, primeiramente não havia ninguém naquele lugar, estava quieto demais, mas a criança filha do Senhor David havia nos falado que ele estava “nos” esperando.
-Pessoal, acho melhor não fazermos isso! – disse dando um passo para trás.
-Qual é Jefferson? Vai amarelar agora? – perguntou Felipe.
-Me desculpa cara! Não estou seguro! – disse decepcionado comigo mesmo.
-Felipe acho que esta na hora de contar a verdade para ele- disse Manuela.
-Que verdade? É sobre o primeiro Merliniano?
-É Jefferson! Bom, Manu esta certa! – disse Felipe abaixando a cabeça, continuou- Jefferson o nosso querido Senhor Matt, acredita que você é o primeiro Merliniano, pois aquele dia no Museu que você explodiu lá, ele percebeu que sua magia é muito forte coisa que não é normal para nós, aprendizes.
-Como poderia ser o primeiro Merliniano? Tipo... Não entendo.
-É complicado de entender mesmo! Mas o Senhor David esta atrás do primeiro Merliano, por isso que ele mandou seu aprendiz para o distrito, ele quer acabar com você, só que ele não sabe desta suspeita do Senhor Matt.
-Ele quer acabar comigo e eu to aqui em frente à casa dele?- disse num tom apavorado, aquilo não fazia sentido.
-Você está aqui por que é o único mais poderoso entre todos nós, você pode acabar com ele!
-Mas...
-Chega de, mas Jefferson! É a sua grande oportunidade de mostrar para todos do distrito quem você é, e futuramente você pode cuidar do distrito junto com o Senhor Lemoel e Matt.
-Eu não quero cuidar de distrito algum! Quero ir para casa...
-Jefferson, entenda... Seus pais já sabem que você é um feiticeiro, sabem de tudo, e sinto muito de dizer, mas aquele que diz ser seu pai não é...
-Felipe! Chega já falou demais! – gritou Manuela. - Vamos logo acabar com isso tudo, Jefferson você não esta sozinho! Nós confiamos em você e estamos aqui para ajudar. - disse ela nos empurrando para dentro.
 A frase do Felipe ficou na minha cabeça “aquele que diz ser seu pai não é”, como ele não poderia ser meu pai? Desde que eu me lembre, eu nasci ao lado daquele homem que nunca me deu tanta atenção, ele se parecia comigo, e minha mãe? Trair o meu pai? Isso seria ridículo, minha mãe é a mulher mais fiel que eu conheço, quando a gente tinha tempo para conversar ela me contava as coisas, quando havia desconfiança do meu pai sobre ele estar traindo ela, isso seria o mais lógico. Meu cérebro não estava captando esta mensagem direito.
 A casa do Senhor David era simples, a sala ficava do lado direito da casa, a cozinha do lado esquerdo e um corredor para a varanda e uma escada no corredor, provavelmente em cima era os quartos.
-Silencio demais! – disse Felipe.
-Fácil demais! – falei andando na frente.
-Hey! Venham- disse Manuela puxando eu e Felipe para cozinha.
-O que foi?- disse num tom baixo.
-Eu ouvi vozes. - disse Manuela, estávamos todos encostados na parede.
 Manuela estava certa, as vozes não eram da cabeça dela, começamos ouvir passo de duas pessoas descendo a escada, ficamos ali quietos e torcendo para ninguém vir na cozinha.
-Ué? Quem deixou a porta aberta? – era uma voz desconhecida para mim, eu estiquei a minha cabeça e o que consegui ver era o Senhor David.
-Deve ter sido a sua filha! – a outra pessoa falou, mas aquela voz era muito conhecida, era o Xerife.
-Deve ter sido! Vamos para a cozinha, vou pegar uma cerveja para nós! – disse Senhor David.
-Para a cozinha não! Cozinha não! – disse num tom baixo, mas apavorante.
-Cala a boca novato idiota! – disse Manuela colocando sua mão na minha boca.
-Não precisa não David! Preciso mostrar uma coisa antes!
-Tudo bem! – disse David.
-Ufa! – disse Felipe em voz alta.
-Espera ai! Você ouviu isso?- perguntou o Xerife.
-Acho que temos visitantes! – apenas vi a sombra do Senhor David vindo para a cozinha.
 Todos nós ficamos desesperados, eu fiquei com vontade de sair correndo, Felipe ficava me olhando esperando que eu pensasse em algo, Manuela estava com a feição de que queria gritar, ela apenas colocou sua mão em mim e no Felipe e falou algumas palavras em voz baixa e quando eu olhei para baixo eu estava invisível, aquilo era fantástico. Senhor David ficou do lado da Manuela, ficou olhando para todo o canto da cozinha, Manuela tentou segurar a respiração. Senhor David deu uma risada de canto e saiu da cozinha. Esperamos alguns minutos e saímos da invisibilidade. Começamos a conversar por olhar ou sinais, coisa que era engraçado, às vezes não entendia nada ou entendíamos ao contrario.
 Quando finalmente entendi o plano de Manuela, começamos a agir, o plano era o seguinte, íamos ficar invisível e cercar o Senhor David e por fim iríamos atacar quando menos ele esperasse, o plano tinha tudo para dar certo, só havia um problema a campainha havia tocado.
  Ficamos invisíveis e fomos para a sala, o Xerife estava lá olhando para o mapa, a minha vontade era de pegar o mapa de volta e acertar ele, me vingar de quando ele me acertou. Felipe ficou atrás do Xerife, Manuela ficou atrás onde o Senhor David estava sentando e eu fiquei em frente ao lugar.
-Posso saber o que você quer aqui? – perguntou David.
-Eu posso entrar antes?- disse uma voz muito, muito familiar.
-Entre! – disse o Senhor David
 Quando vi, era o Senhor Matt, o que ele estava fazendo ali? Porque ele foi à casa do Senhor David? Eu não entendi nada, agora eu conseguia ver Manuela e Felipe, mas ainda estávamos invisível para as outras pessoas, eu olhei para Felipe e Manuela em busca de respostas, mas os dois também estavam espantados com aquilo.
-Senhor Matheus? – disse o Xerife.
-Olá! David preciso falar com você...
-O que você quer? Já falei para você não vir aqui... Eu só não te ataco agora porque minha filha pode chegar a qualquer momento.
-Eu... Não conta para o. - disse Senhor Matt olhando para mim, eu fiquei com medo de não estar mais invisível eu olhei para a Manuela ela apenas fez um sinal para eu manter a calma.
-Por que você esta olhando para os lados? – perguntou David
-Nada! Esquece o que eu te falei ta?
-De não contar para o seu aprendiz que você é pai dele!- disse Senhor David, de primeiro pensei que fosse eu, mas havia Felipe ali também, afinal não queria aceitar isso de imediato.
-Cala a sua boca!
-Espera ai! Você esta na minha casa ok? E ninguém me manda calar a boca.
-Desculpa! Mas por favor... E pare de mandar seus aprendizes para o meu distrito ok?
-Ele foi um otario! Uma isca fácil para trazer seu querido filho aqui!
-Você é pior que os meus adolescentes sabia?
-Pouco me importa e a propósito, a porta é serventia da casa.
 Senhor Matt saiu, mas antes ele me piscou para mim, acho que ele tava dando o sinal e por sorte Felipe captou a mensagem e atacou o Xerife, Manuela segurou firme o Senhor David e eu por fim ataquei-o, minha magia parecia que estava fazendo cócegas no Senhor David.
-Só isso que você sabe fazer?- disse Senhor David jogando Manuela longe, enquanto Felipe lutava com o Xerife, ele estava se vingando por mim.
-Você vai pagar por isso! – disse fechando minha mão, comecei a jogar vários e várias magias no Senhor David. No entanto foi para longe a casa dele já estava toda acaba, Senhor Matt havia voltado e jogou uma garrafa para o Felipe e gritou:
-Você sabe o que fazer!
 Assim que Senhor Matt falou Felipe pegou a garrafa e colocou o Xerife dentro dela e ali ele estava aprisionado, diziam que quem entra nesta garrafa é muito difícil de sair e é horrível ficar lá, não parecia confortável ficar dentro de uma garrafa. Enquanto eu e Senhor David ficávamos ali lutando Felipe foi ajudar Manuela. Quando ela se levantou ela começou a cantar, bom não era bem cantar, era um barulho irritante, Senhor David apenas caiu no chão tampando os ouvidos, aquele barulho não me afetava, cheguei próximo a ele o David arrancou o meu colar. Agora estavam todos perdidos, olhei desesperadamente para Felipe e Manuela, antes que desse tempo de eu pensar eu ouvi uma voz.
-Acredite em você, meu filho! Use sua magia, você é um feiticeiro muito importante! - Olhei para os lados, não era ninguém, a voz vinha da minha cabeça.
-E agora? Vai fazer o que comigo hein? – disse Senhor David se levantando e rindo.
-Isso! – disse atacando ele, a magia atacou ele longe, já estávamos la fora, agora minha defesa era muito bom e o meu ataque nem se fale, ataquei Senhor David em seguida, quando vejo sua filha estava do lado vendo tudo aquilo, quando ataquei ele pela ultima vez olhei para ela o olhar dela estava triste, ela olhou para mim.
-D-Desculpa! – disse me afastando, Senhor David estava ali esticado no chão.
A criança apenas me olhou e correu para perto do seu pai. Eu fiquei ali parado.
-E-Eu o matei?
-Sim! – disse Felipe com um tom aliviado.
-Mas... Era só isso? Tipo, salvamos o distrito?- disse confuso e apavorado por ter matado uma pessoa.
-Não! – disse Senhor Matt. – Agora finalmente podemos pegar o mapa de volta e a nossa fonte de magia!
-Fonte de magia?
-Isso, é lá que encontramos novos feiticeiros, e é por causa desta fonte que os amuletos funcionam, alguns amuletos, aquele dia no jogo, por mais que alguém quisesse usar alguma magia poderosa não ia ter como, estávamos sem a fonte de magia, e as luzes do distrito fracas... Tudo por causa da fonte! – explicou Felipe.
-Mas pessoas como você novato, não precisa de fonte alguma, você é o primeiro Merliniano! Você é muito poderoso! – disse Manuela.
-Parabéns Jefferson! Agora vou pegar a fonte e vocês, bom me esperem aqui.
 Ficamos ali parados, eu me sentei no chão e fiquei vendo aquela cena da pobre criança chorando pelo seu pai, eu não sabia o que fazer, eu tinha matado o pai dela, eu tinha matado uma pessoa, aquilo estava me deixando doido.
-Vamos pessoal! – era o Senhor Matt.
  Agora Senhor Matt estava com a mochila provavelmente a fonte estava lá dentro. Fomos embora, estávamos voltando para o distrito ou o que tinha sobrado dele, todos estavam animados, Felipe fazia planos para uma festa de recomeço. Manuela parecia feliz também e eu? Estava triste, pensativo demais, fiquei pensando em tudo que fizemos.
-Jefferson, você vai poder escolher a musica hoje, já pensou em alguma?- perguntou Senhor Matt.-Jefferson?
 Eu estava desligado demais, eu apenas olhei para ele e depois para Felipe e Manuela, estavam animados para a minha escolha.
-Tanto faz! Pode deixar outra pessoa escolher.
 E foi assim até chegar ao distrito, eu pensando em tudo, pensando que eu tinha matado o Senhor David e era o primeiro Merliniano, pensando em quem realmente era o meu pai, eu só queria uma coisa naquele momento, ir para casa e viver a minha vida normal.

domingo, 15 de abril de 2012

District 9 - Capitulo oito - Não sou tão odiado

Capitulo oito
Não sou tão odiado


Abri o meu olho lentamente, não estava conseguindo raciocinar direito, fiquei com medo, não sabia onde eu estava e se Felipe e Manuela estavam bem. Pensei que havia chegado o meu fim, mas não aconteceu isso estava feliz por isso. Minha cabeça estava doendo muito, meu corpo nem se fala, estava me sentindo diferente. Tentei me levantar, mas estava fraco demais para isso, quando vejo a maçaneta da porta se mexer, eu fingi que estava dormindo e fiquei me preparando para tentar atacar caso seja um inimigo, não podia morrer fácil assim. 
 Pressenti a pessoa sentando ao meu lado na cama, fiquei parado, tive uma grande surpresa, senti uma mão acariciando o meu rosto, sua mão era macia e pequena, era de uma garota, achei que fosse a minha mãe, estava em casa, aquilo tudo era um pesadelo, resolvi abrir os olhos e quando há vejo fiquei surpreso, não sabia o que fazer o que falar era a Manuela Payne acariciando o meu rosto.
-M-Manuela? – perguntei para ter certeza que era ela, assim que eu falei ela tirou suas mãos do meu rosto.
-Você esta acordado! Graças aos magos! Felipe vai ficar muito feliz! Vou chama-lo- disse ela se levantando, seu rosto estava vermelho igual um pimentão.
-Espera! – disse fraco.
-O que foi?- disse ela voltando próximo a mim, mas desta vez não tão próximo.
-Por que você estava fazendo aquilo em mim?
-Aquilo o que novato idiota?
-Me... Acariciando, eu não entendo! –disse tentando me sentar.
-Jefferson- a disse, amei ouvir o meu nome saindo da boca dela, ela estava com o tom de voz muito doce, continuou- Eu... Desculpa-me! Eu não deveria estar aqui no seu quarto e muito menos te acariciando, só que... Esqueça!
-Só que? – disse segurando seu braço.
-Eu...fiquei preocupada com você! Fiquei com medo... De te perder, quer dizer, Felipe ia ficar muito triste se você morresse, ele iria se sentir culpado. – disse ela se sentando ao meu lado da cama, que agora já estava sentado.
-Entendi, mas apenas o Felipe que iria ficar triste?
-Não! Seus pais, amigos, o Senhor Matt e... Eu! – disse ela abaixando a cabeça. Eu estava sem reação, eu queria ouvir isso dela, mas não esperava que ela fosse dizer.
 Ficamos nos encarando por um tempo, não falávamos nada, não fazíamos nada, acho que estávamos tentando raciocinar o que havia acontecido naquele momento. Eu apenas consegui fazer uma coisa, deu um sorriso para ela sem mostrar os dentes e ela bom, me respondeu com um sorriso.
-Acho melhor eu ir!
-Manu, quer dizer, Manuela me desculpa por ter brigado com você, ter falado dos seus pais, eu apenas... É complicado!
-Tudo bem Jefferson! Eu te desculpo... Eu entendo que você estava pensando na criança, mas como o Felipe disse o Senhor David escolheu este fim para ele.
 Ela veio me dar um abraço, não chegou a me apertar por que tinha a noção que estava doendo, o abraço dela foi a melhor coisa, naquele momento quis ficar ao lado dela para sempre, mas uma parte de mim me lembrava de que ela me odiava aquilo era apenas para me agradar e poder salvar o distrito.
 Antes que terminássemos o nosso abraço, nossos rostos ficaram próximos, senti minha respiração se misturando com a dela pelo ar, resolvemos nos aproximar mais, nossos lábios quase se encostaram.
-Hey pessoal! – gritou Felipe abrindo a porta, imediatamente Manuela se afastou rapidamente de mim, quase beijei a Manuela Payne filha de Morgana ou Merlin, a garota que me odeia ou no caso odiava.
-Então, vocês tem algo para me contar? – perguntou Felipe.
-Não temos nada! Cuida deste novato idiota para podermos ir encontrar o Senhor David e podermos voltar para o distrito. - disse ela saindo do quarto.
-Tudo bem! Então, como se sente?
-Eu to bem, eu acho... Estou preparado para a próxima luta com o Xerife!
-E se acidentar de novo? Nada disso, agora me diz uma coisa, você lembra onde era a casa do Senhor David?
-Acho que não, neste momento não! Por quê? Vai me dizer que...
-Isso mesmo! O Xerife pegou o mapa.
-Pelo amor dos Magos!
-Hey! Não fala assim ok? Não tivemos culpa, ele é poderoso, Manuela não conseguiu e a Juliana acabou aparecendo no meio  da briga, foi uma confusão imensa!
-Tudo bem! Agora vamos- disse me levantando, estava pior que uma tartaruga.
-Você não esta nada bem! Andando desse jeito!
-Eu to bem! É só estou com a perna machuca, é normal!
-Tudo bem! Mas antes, você precisa ver como você está!
-Como assim? – perguntei confuso.
-Você ta... Diferente! Ta bem... Feio!
-Eu já sou feio Felipe, pior que isso não fica!- Felipe riu e me passou um espelho, eu fiquei com medo de me ver no espelho, quando eu olhei tava normal, não tinha nada de errado, eu olhei para Felipe e ele estava rindo.
-Você é idiota! Vamos logo Felipe! – disse jogando o espelho na cama.
 Fomos para a sala, ainda estávamos na casa do Senhor Matt, quando chegamos na sala Manuela estava sentada no sofá.
-Vocês demoraram!
-Desculpa Manu, mas o nosso amigo aqui é um senhor agora! – disse ele me ajudando a andar de vez em quando.
-Cala a boca!
-Então meninos, o que vamos fazer agora, já que o Xerife pegou o nosso mapa! – disse Manuela, enquanto eu me sentava no sofá.
-Eu me lembro de onde é! – disse, sem muita certeza. - Me de um papel.
 Felipe foi correndo pegar um papel e uma caneta, enquanto isso eu fiquei ali na sala sozinho com Manuela.
-Desculpa! – dissemos nós dois juntos, rimos deste acontecido.
-A gente não... - falou Manuela.
-Aqui esta o papel e a caneta! – disse Felipe.
 Comecei a desenhar no papel, não era bem a casa do Senhor David mas sim um ponto referencial, o desenho saiu perfeito mesmo eu não sabendo desenhar, acho que deve estar incluindo com os poderes. Entreguei o papel para Felipe e ele ficou espantado.
-Então vamos? – perguntou Manuela.
-Vamos! Consegue andar sozinho velhote? – perguntou Felipe rindo.
-Consigo ta! E eu não sou velhote! – disse me levantando.
 Felipe pegou a mochila que lá estava apenas a garrafa e o livro, que nunca chegamos a ler, pegamos um taxi e fomos para onde o desenho indicava, por sorte o motorista sabia muito bem onde ficava, fomos todos quietos, meus machucados se cicatrizaram sozinhos.
Depois de um tempo chegamos à casa do Senhor David, o taxi parou em frente, eu estava sentado do lado da janela e fiquei apenas observando aquela casa, ela não era estranha para mim, eu já tinha visto ela antes de ver ela no mapa, mas não me lembrava de onde.  
-Esta corrida deu quinze reais! – disse o taxista, nós estávamos paralisados finalmente tínhamos chegado ao local.
-Hey, moleques! O dinheiro da corrida!
-Ah sim toma! – disse Felipe dando nossos quinze reais e cinquenta centavos- Pode ficar com o troco! Vamos pessoal!
 Saímos do carro e ficamos parado em frente a casa. O taxista saiu com o seu carro e ficamos parecendo três patetas na rua olhando para uma casa.
-Vamos entrar! – disse indo na frente.
-Calma! Não podemos entrar assim, ele deve estar nos esperando.- disse Felipe, assim que ele falou isso uma criança abriu a porta e saiu, ficamos sem jeito, eu tentei me esconder mas esconder dela para que? Ela que devia esconder de mim.
-Com licença menina! Mas seus pais estão em casa?- perguntou Manuela.
-Estão sim, pode entrar la! Vocês são da televisão né?
-Somos sim! – disse Felipe.
-Podem entrar! Fique a vontade. – disse a criança pegando sua bicicleta.
  Fomos à frente da porta, eu abri a porta e fiquei ali com medo do que podia acontecer com a gente, foi muita sorte ele estar esperando o técnico de televisão, foi a oportunidade que poderíamos entrar. Entrar naquela casa podia mudar tudo, o melhor ia salvar o distrito de alguma maneira.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

District 9 - Capitulo sete - O Xerife

Capitulo sete
 O Xerife


Enquanto fiquei ali sentado na cama chorando, ouvi uma pessoa abrindo a porta imediatamente eu tentei segurar o meu choro e limpei os meus olhos.
-Hey garoto, não chore! – era a voz da Juliana.
-Eu não estou chorando!
-Caiu um cisco nos seus olhos?
-Isso!
-Nós dois olhos? – perguntou ela.
-Ta bom! Eu tava chorando ta? Pode começar a rir.
-Porque eu iria rir?
-Por eu ser um garoto e estar chorando.
-Eu não ligo para isso! Não é porque você é garoto que não tem sentimentos! Mas quer desabafar?
-Não! Só me diz uma coisa, se eu pedisse desculpa para uma garota ela aceitaria?
-Depende do que você fez! Mas sei que ela vai te desculpar, você é um garoto lindo e legal, pelo que eu já ouvi falar de você!-disse ela, me assustei com isso, ela sabia da minha existência, e eu pensando que os únicos eram meus pais, o Senhor Matt e o Felipe, e claro a Karen.
-De qualquer forma eu estou certo desta vez, não vou correr atrás dela e pedir desculpas!
-Tudo bem, você que sabe! Agora vamos, temos que tomar o café da tarde.
 Saímos do quarto e fomos para a sala de jantar, Felipe e Manuela já estavam la sentados, eles estavam rindo quando me viram o clima mudou completamente, mas não era apenas minha culpa, eles queriam matar um Senhor David sem pensar na pobre criança. Sentei-me ao lado de Felipe, Manuela estava sentada na frente de Felipe e Juliana sentou na ponta da mesa. Na mesa havia varias coisas para comermos, eu peguei um pão com presunto e queijo e um copo de refrigerante, Manuela pegou o mesmo que eu, mas em vez de refrigerante foi suco, Felipe pegou tudo que tinha direito, pão, biscoitos, frutas, e um copo de refrigerante, já Juliana era a mais comportada, pegou apenas frutas.
 Ficamos ali comendo sem assunto nenhum, Juliana às vezes tentava puxar assunto, mas dava errado.
-Então Felipe, amanha logo cedo vamos à busca do Senhor David correto? – perguntou Manuela, como se me quisesse passar este recado, mas não falando diretamente comigo.
-Isso mesmo Manu! Amanha às sete horas da manhã vamos embora!
 Manuela deu um sorriso forçado para Felipe, eu terminei de comer o meu pão e sai de lá, fui andar um pouco a casa do Senhor Matt. Havia uma casa de arvore perto da casa, bom eu decidi ir lá, subi na arvore e quando entrei lá havia vários e vários desenhos, e neles estavam escrito Felipe e Juliana, achei aquilo muito fofo. Comecei a ver todos os desenhos quando levo um pequeno susto com Felipe.
-Posso saber o que você esta fazendo aqui?
-Nada! Só to vendo os desenhos!- disse indo para a janela da casa da arvore.
-Aqui é um lugar especial para mim e Juliana,não devia estar aqui! – disse Felipe, seu tom estava frio.
-Tudo bem! Eu saio daqui!  -disse indo na direção da escada.
-Jefferson, porque você não foi pedir desculpa pra Manuela?
-Por que eu estou certo Felipe!
-Jeff, ou é nós que morremos ou é o Senhor David, e se nós morrermos há varias famílias que vão ficar triste, seus pais, meus, dos outros feiticeiros, já o Senhor David será a filha e a sua esposa, mas foi ele que escolheu este caminho!Você quer salvar milhões de pessoas ou uma garotinha? – disse Felipe tentando me convencer.
 Eu não disse nada sobre isso, desci a escada da casa da arvore e fui para a varanda da casa, me sentei ali e fiquei pensando no que Felipe havia me falado, realmente aquilo fazia sentindo, mas não queria dar o meu braço a torcer e iria ter que pedir desculpas para Manuela, meu orgulho estava falando mais alto.
 Enquanto estava sentado na varanda, avistei uma pessoa vindo à direção da casa, pensei que fosse algum empregado ou coisa do tipo, mas ele não vestia como empregado, ele usava uma roupa de xerife e isso era estranho, estávamos no pleno século 21 e ele usando esta roupa, me levantei e fiquei esperando a chegada dele.
-Olá caro Jovem!
-Olá! Quem é você?
-Sou conhecido do Senhor Lemoel e do Senhor Matt! – disse ele erguendo suas calças.
-Posso saber o que você quer?
-Quero o mesmo que você garoto! Quero encontrar o Senhor David!- disse ele subindo a escada da varanda.
-Você está na casa errada caro senhor, por favor vá embora! –tentei ser educado com ele.
-Não vou! Não saio daqui até conseguir o mapa. – disse ele me empurrando.
-Você não vai entrar ai! – disse a ele com a mão na maçanete.
 Peguei tudo que aprendi na aula do Senhor Charlotte e o treinamento com o Senhor Matt e coloquei elas em pratica.
Ray plasmas, strong rays, attack (  Raios plasmas, raios fortes, atacar” )
 Atinge ele pelas costas, ele apenas foi arremessado para dentro da casa, eu corri ate os destroços da porta e ele estava se levantando.
-Me acertou pelas costas? Isso não se faz mocinho! – disse ele tirando o pó que havia na sua roupa de xerife.
-Vai embora daqui! – disse minha mão estava se formando uma bola de fogo.
-Vai me atacar é? Vamos ver se você é rápido! – assim que ele falou, ele jogou uma magia em mim, eu por sorte consegui desviar.
-Isso é o seu melhor? Agora é minha vez! – disse rindo.
 Joguei a bola de fogo nele e ele conseguiu desviar, enquanto eu e o xerife ficávamos lutando Felipe e Manuela apareceram e ficaram parados ali apenas assistindo tudo aquilo, enquanto lutava ouvi Felipe dizer a Manuela.
-Eu preciso ajudar ele! Você sabe! Ele pode ser o...- Manuela interrompeu- Eu sei! Eu vou junto com você!
 Nós três se juntamos e começamos a atacar varias e varias magias no xerife, a casa do Senhor Matt estava toda destruída. Por sorte ou azar o xerife acabou me acertando, aquilo sim me machucou fiquei tonto e comecei a ver tudo em dobro. Sua magia era muito poderosa, apenas vi Felipe correndo na minha direção todo apavorado e gritando para Manuela.
-Vá! Não deixe ele pegar o que quer!
E logo em seguida tudo se apagou, não vi mais nada, não ouvia mais nada, as pessoas dizem que quando nós morremos vemos um trailer da nossa vida, bom comigo não aconteceu nada disso, apenas vi a escuridão.E aquilo foi o meu fim, ninguém mais ia precisar ficar me protegendo. Tudo havia acabado.

District 9 - Capitulo seis - A casa do Senhor Matt

Capitulo seis
 A casa do Senhor Matt


-Então por onde começamos?-perguntei, afinal não tínhamos mapa, nenhuma coisa que nós desse a direção.
-Ainda não sei! Vamos nós escondermos por enquanto! –disse Manuela descendo as escadas.
-Podemos ir à casa do Senhor Matt! Ninguém sabe onde ele mora, exceto eu!- disse Felipe.
-Vamos então! – disse fazendo um sinal para o taxi.
 Assim que o taxi parou, entramos desesperadamente, e Felipe disse para o motorista aonde íamos, eu não consegui ouvir o local aonde íamos, só sei que parecia longe, pois o motorista fechou a cara e nos perguntou se tínhamos dinheiro pra isso. Olhei nos meus bolsos e só havia R$ 5,00 reais, no bolso de Manuela havia R$ 10,00 reais e Felipe tinha R$ 0,50 centavos, o motorista não gostou nada disso, ele ia nos expulsar dali, quando Felipe falou algo para ele que ele ficou hipnotizado, parecia um robô e topou nos levar para os nossos destinos.
 -Felipe, se nós três somos fortes segundo o Senhor Matt, porque não ficamos todos nós lá para tentar derrotar o aprendiz do Senhor David?-perguntei confuso.
-Porque não ia adiantar nada, apenas íamos enfurecer o Senhor David! Precisamos ir atrás do Senhor David, direto na fonte. – explicou ele olhando pela janela.
-E, mas uma coisa, e esta historia de primeiro Merliniano?
-Há alguém entre nós, que tem... O sangue de Merlin dentro dele, que pode controlar o poder sem ter que usar amuleto algum!
-E por que você olhou para mim? E para o que você foi designado?
-Você faz pergunta demais novato! – disse Manuela.
-Eu já falei que me chamo Jefferson!
-Parem vocês dois! Pelo amor dos Magos! Vocês não se cansam não? – perguntou Felipe irritado.
-Desculpa!  - falamos eu e Manuela ao mesmo tempo.
 Já estávamos fora da cidade, estávamos passando por uma rua de terra e varias arvores ao lado.
-E depois que chegarmos à casa do Senhor Matt? –perguntou Manuela.
-Vamos ver se achamos algo! – disse Felipe se esticando para frente onde se encontrava uma casa, na realidade era uma mansão. Saímos do carro e agradecemos a bondade do taxista por não querer nossos quinze reais e cinquenta centavos.
 Descemos e saímos desesperados em frente da casa, a porta obviamente estava fechada, olhei através do vidro e não havia alguém. Manuela apertou a campainha.
-Não tem ninguém aqui! – disse.
-Pode ter alguém e estar lá em cima! – a retrucou.
 Manuela estava certa infelizmente, assim que a porta foi aberta Manuela me olhou com uma cara como se quisesse dizer “Eu te falei”. A garota que abriu a porta aparentava ter a nossa idade, ela era linda, tinha cabelos pretos e olhos verdes, vestia uma calça jeans, uma blusa branca e por cima uma jaqueta xadrez, eu vou ser sincero, eu amava garotas com blusa xadrez.
-Oi, posso ajudar? – falou a garota.
-Olá! Somos alunos do seu pai e ele pediu para que viéssemos aqui! – falou Manuela.
-Ah sim! E como posso acreditar nisso?- perguntou confusa.
-Você não se lembra de mim? Sou eu, Felipe... Ou como posso dizer... O Lipinho! – disse Felipe, tentando puxar algo da memória dela, eu apenas segurei o meu riso.
-Não acredito! Lipinho como você ta grande! – disse ela abraçando-o. Eu e Manuela ficamos parados feitos patetas enquanto ele e ela conversavam.
-Felipe, lembra o porquê viemos aqui? – perguntou Manuela dando uma risada forçada.
-Ah sim! Então Juliana, eu e os meus amigos aqui, precisamos ir ao escritório do seu pai, precisamos achar coisas!
-Ele me disse que vocês viriam mesmo! Entrem. - disse ela.
 Assim que entramos ficamos espantados com a casa, era muito linda, havia um retrato de Merlin na parede, provavelmente a Juliana sabia que éramos feiticeiros.
-Venham! O escritório do meu pai é bem ali! – disse ela andando na nossa frente.
-Jefferson, fecha a boca ta? – falou Felipe rindo.
-Idiota! Fica quieto! – disse um pouco com vergonha.
 Entramos no escritório do Senhor Matt, como sempre muito organizado, havia vários e vários livros lá, estavam todos em ordem alfabética, devia ter dado muito trabalho para arrumar tudo aquilo. Juliana nos levou para a mesa dele que havia um computador.
-Bom, meu pai me falou para te darem isso! – disse ela entregando uma mochila para nós - ele disse que vocês iam saber o que fazer!
-Você sabe sobre nós? – perguntei confuso.
-Como assim nós?
-Não liga para ele! Ele ama fazer perguntas! – disse Manuela.
-Obrigado Juliana! Será que nós poderíamos passar uma noite aqui?-perguntou Felipe, tirando atenção dela em mim.
-Claro que pode! Vou adorar ter vocês como hospedes. – disse Juliana com um sorriso no rosto. – Vou mostrar onde vocês podem ficar! – disse ela andando na nossa frente.
 Eu e Felipe ficamos no mesmo quarto, Manuela ficou no quarto junto com a Juliana, assim que descobrimos onde íamos ficar , Manuela voltou para o nosso quarto e Felipe abriu a mochila e havia um livro, um papel todo enrolado e uma garrafa.
-Para que serve esta garrafa Felipe? – perguntei pegando a garrafa.
-Não sei! Mas acho que é apenas uma garrafa mesmo! – disse Felipe folheteando o livro.
-Seus tolos! É uma dimensão mágica! Só que forma de garrafa! – disse Manuela como se aquilo fosse obvio.
-Hey ! Vejam isso! – disse, abrindo o papel que estava enrolado, era um mapa, mas um mapa real havia passarinhos voando na folha, era uma coisa muito mágica.
-Vejam só! A minha antiga casa! – disse Felipe todo animado por ter achado a casa dele.
-Espera ai! Tem algo errado! – disse Manuela.
-Como assim? – perguntei confuso.
-Felipe encontrar sua casa no mapa, todos sabemos que Felipe é horrível em geografia!
-Obrigado Manuela! Também te amo! – disse ele num tom de ironia.
-Você quer dizer o que com isso?
-Que este mapa mostra a casa de todos os feiticeiros!
-Ou só o que queremos encontrar! Eu tava pensando na minha casa quando a achei!- disse Felipe.
-Simples, vamos fazer o teste! – disse, logo em seguida pensei na minha casa e olhei para o mapa e lá estava a minha casa.
-Você é inteligente! –disse Felipe orgulhoso.
-Então o que estamos esperando? Vamos descobrir a casa do Senhor David e ir embora daqui!
-Calma Manu ! Temos que descansar pelo menos esta noite, pois nos próximos dias teremos que nos preparar para enfrentar o Senhor David! – falou Felipe.
-Pessoal! Olhem! – disse apontando para o mapa, no mapa estava mostrando um homem, de blusa branca saindo do carro e junto com ele, uma mulher e uma criança.
-É o Senhor David! – gritou Manuela.
-Ele tem uma família! – disse em voz baixa.
-Claro que tem! Todos têm Jefferson!- falou Felipe.
-Eu sei disso! Não podemos mata-lo! – disse.
-Como não? Ele acabou com a nossa moradia! –disse Manuela seria.
-E a família dele? Eles têm sentimentos sabia?- disse.
-Pouco me importa isso! – disse Manuela.
-Você gostaria que o seu pai morresse? – meu tom de voz havia aumentado, estava furioso com aquilo, ele tinha uma filha e era pequena, precisa do pai dela. Eu precisei do meu pai e ele nunca teve tempo para mim e não queria que ninguém sentisse o que sentia.
-Os meus pais morreram Jefferson! – disse Manuela, no seu rosto havia uma lagrima.
-Eu lamento por isso, e é isso que você quer para ela?- eu perguntei, estava me sentindo mal por ter feito Manuela chorar.
 Ela ficou quieta e saiu correndo chorando.
-Parabéns Jefferson! – disse Felipe guardando o mapa.
-O que eu fiz?
-Você ainda pergunta? Tocou nos sentimentos da Manuela, ela não gosta que falem dos pais dela, não gosta de lembrar que seus pais morreram isso é um ponto muito fraco dela!
-Ela queria matar o Senhor David e ele tem uma família! Eu apenas estou pensando na criança Felipe! Não foi a minha intenção! – o meu tom permaneceu alto e de Felipe também.
-Jefferson, você tem muito que aprender, não pode ficar pensando nesta criança, o pai dela quer nos matar!
-Felipe, me entenda... Você é meu melhor amigo e sabe o que eu passei, e como meu pai fez falta para mim, e ele nunca teve tempo para mim e isso foi horrível! E se ele for um pai prestativo? Aquele pai que todo mundo quis? Vamos mata-lo e pronto?
-Eu sei o que você passou Jefferson, mas... Esta criança não pode nos atrapalhar! Infelizmente este é o destino do Senhor David, agora você aceite isso ou pode ir embora e esqueça tudo que você viveu nestes últimos dias! – disse Felipe saindo do quarto.
 Eu sentei na cama e fiquei ali, bom, podem me chamar de gay ou do que vocês quiserem, mas eu comecei a chorar, lembrei-me da minha infância e o pior estava me sentindo muito mal por ter feito Manuela chorar, não sei o porquê disso, mas estava me sentindo mal, eu não queria ir embora, já estava muito envolvido em tudo. Desistir é o maior erro que alguém pode cometer, e eu não queria cometer este erro.

District 9 - Capitulo cinco - O visitante inesperado

Capitulo cinco
 O visitante inesperado

 Esta praticamente no meu segundo sonho quando acordo com gritos.
-Acorda! Acorda Jefferson!- naquele momento era uma voz desconhecida.
-Eles descobriram! Levanta!
-O que foi? Descobriram o que? – disse totalmente nervoso, eu odeio acordar cedo.
-Onde nós ficamos, anda temos que fugir!- levantei, agora já estava um pouco acordado, era Manuela e Felipe.
- Manuela, você me acordando? – disse rindo, na tentativa de irrita-la.
-Para de graça ta?! Só estou te acordando por que estamos em perigo! – disse ela totalmente estressada, a minha tentativa tinha dado certo.
 Levantei e coloquei meu colar que minha mãe havia me dado, o colar era prata e tinha um formato de um dragão, ainda estava com a minha blusa que estava escrito “ Pequeno Feiticeiro”.
-Vamos logo! Não temos tempo para você se arrumar! – disse Felipe me puxando.
 Saímos do distrito 8,paramos na varanda do distrito e vimos vários aprendizes de feiticeiros correndo  e um homem que estava longe acertando vários deles.
-O que esta havendo aqui?
-O nosso maior inimigo descobriu onde fica o distrito 9! – disse Manuela, com os olhos cheio de lagrimas.
-Quem é ele?
- Um dos aprendizes do Senhor David! Ele vem das forças do mal e quer acabar com nós, pois o Senhor Matt esta em busca do primeiro Merliniano!  - disse Felipe olhando para todos os lados, provavelmente estava em busca de uma saída.
-Primeiro Merliniano? Ninguém me disse nada sobre isso!
-Vamos por ali!- disse Manuela saindo correndo, fomos atrás dela. Entramos no distrito 7, o alojamento da linhagem de Morgana.Havia muitas pessoas apavoradas lá dentro, por algum motivo a pulseira de Manuela começou a brilhar, ficamos todos espantados por aquilo.
-Isso está errado! Não pode ser! – disse Felipe, surpreso.
-O que houve Felipe? Por que aconteceu isso? – disse Manuela apavorada.
-Você é da linhagem de Morgana e não de Merlin! Sendo que em toda as coisas que ouvi, era que Morgana nunca poderia ter uma filha...você é única!
- Felipe por que você disse isso a ela? Agora vai ficar se exibindo!
-Cala a boca novato! Eu ouvi isso também, que todos os filhos de Morgana seriam homens e os filhos deles seriam homem, não uma mulher! Mas como? – perguntou confusa.
-Pessoal, não quero ser estraga prazer, mas esta acontecendo uma guerra lá fora!- disse apavorado.
-Temos que ter um plano! – disse Manuela, assim que ela falou um raio atravessou a parede.
-Esquece de plano! Vamos sair correndo e pronto! – disse, eu fiz isso comecei a correr o mais rápido que pude, nem olhei para trás para confirmar se Manuela e Felipe estava me seguindo, o aprendiz do Senhor David estava em frente do distrito 8.
  Eu apenas pulei os destroços da parede onde ficava a porta escrita “Bem vindo ao Distrito 9 ” , aquele lugar estava todo bagunçado, havia varias pessoas no chão, era uma cena horrível.Me aproximei da porta e bati nela três vezes como Lemoel havia feito para entrar, mas nada funcionou. Senti uma mão no meu ombro.
-Tira a mão de mim! Senão vou usar os meus poderes! – disse totalmente confiante.
-Calma! Somos nós! – disse Felipe apontando para ele e Manuela.
 Felipe apenas bateu uma vez na parede e ela se abriu antes que houvesse tempo de sairmos de lá correndo Senhor Matt apareceu.
-Crianças! Fujam daqui! Vocês precisam pegar o Senhor David e mata-lo.
-Mas não somos forte o bastante!
-Vocês três juntos são poderosos! Agora vão! – disse Senhor Matt nos empurrando. – Felipe! Lembre-se para o que você foi designado!
-Claro! – disse Felipe olhando para mim, naquele momento fiquei curioso, mas não era uma boa hora para perguntar nada.
 Saímos de lá correndo. A porta voltou a ser parede novamente. Nada mais se ouvia. Começamos a andar pelo museu, descemos a escada e a secretaria ainda tava la.
-Olá! Eu acho que você sabe quem eu sou! – disse Felipe nervoso.
-Sim, você é Felipe, aprendiz do Senhor Matheus! –disse a secretaria com toda a calma do mundo.
-Então, me diz por que você deixou aquela pessoa entrar no Distrito 9? Por quê? – gritou Felipe.
-Calma cara! Ela não saiba! Não tem como diferenciar! – disse segurando ele, antes que desse um murro na secretaria.
-Claro que tem! Ela foi contratada para isso, para não acontecer o que esta acontecendo! – disse Manuela olhando nos olhos da secretaria.
-Você vai dizer o porquê ou vai querer que eu arranque isso de você ? – disse Felipe, na sua mão esta uma espécie de fogo.
-Eu não posso dizer! –disse a secretaria um pouco nervosa.
-Então vamos levar ela para um lugar onde poderá dizer! – disse Manuela indo segurando ela.
 Eu apenas os ajudei, pegamos a secretaria e levamos para o segundo andar do museu, fomos na área dos repteis. Manuela colocou a mão no vidro e fez como se ele não estivesse ali, e empurrou a secretaria para dentro e o vidro voltou a ser maciço, Manuela falou algumas palavras e as cobras de plásticos tiveram vida.
- O que é isso? – disse afastando um pouco.
-É para ela aprender a lição! – disse Felipe olhando para as cobras.
-Fale agora sua traidora! – gritou Manuela.
-Eu não vou contar! – gritou secretaria olhando para as cobras e tentando se afastar.
-Quer tentar Jeff ? – perguntou Felipe.
 Eu apenas dei de ombros, não sabia o que mais poderia fazer, até que eu pensei nas cobras dos filmes que eram enormes, tipo o filme Anaconda, e foi ai que as cobras começaram a crescer de um tamanho que deu medo.
-Parem com isso! – gritava a secretaria.
-Conte para nós! – gritou Manuela.
-Nunca!
-Então você vai morrer ai! Vamos pessoal! – disse saindo, e logo em seguida Felipe e Manuela me seguiram.
-Esperem! Não vão embora! Eu conto! Eu juro! Só me tirem daqui, por favor! – gritava a mulher chorando desesperadamente.
 Nós paramos de andar, eu apenas dei um breve sorriso sem mostrar os dentes, voltamos e paramos na frente do vidro.
-Então nos conte! – disse.
-O Senhor David me pagou! – disse a secretaria ainda chorando.
-Para que? – perguntou Felipe.
-Para o aprendiz dele poder entrar lá!
-Isso nós sabemos, mas qual era o objetivo?- perguntei.
-Eu não sei! Eu só sei... Que ele me prometeu deixar viver quando ele dominasse o mundo!
-Idiota! Pelo amor dos magos! Como você pode acreditar nele?- perguntou Manuela.
-Eu não sei! Só me tirem daqui! – disse a secretaria chorando.
Manuela encostou a mão no vidro e tirou ela de lá, e o vidro voltou a se maciço novamente e as cobras ficaram no seu tamanho normal e viraram plásticos novamente.
- Obrigado! Você foi útil! –disse Felipe.
-Se você contar para o Senhor David sobre o que aconteceu vamos mata-la! – disse Manuela ameaçando, acho que ela não era capaz de fazer isso.
-Tudo bem! Eu sei que errei! Desculpem-me– disse a secretaria engolindo o choro.
-Vamos! Temos um distrito a salvar! –disse saindo da sala de repteis.
 Saímos do museu, naquele momento não sabíamos aonde íamos, o que fazer, estávamos todos apavorados, com medo do Distrito 9 acabar. Manuela passou a vida dela inteira lá, Felipe não fazia pouco tempo, e eu, havia acabado de chegar , fazia apenas 2 ou 3 dias que estava lá,mas já me sentia parte de lá.