sábado, 21 de abril de 2012

District 9 - Capitulo nove - Salvamos o distrito


Capitulo nove
Salvamos o distrito

Entramos na casa do Senhor David, era agora ou nunca, primeiramente não havia ninguém naquele lugar, estava quieto demais, mas a criança filha do Senhor David havia nos falado que ele estava “nos” esperando.
-Pessoal, acho melhor não fazermos isso! – disse dando um passo para trás.
-Qual é Jefferson? Vai amarelar agora? – perguntou Felipe.
-Me desculpa cara! Não estou seguro! – disse decepcionado comigo mesmo.
-Felipe acho que esta na hora de contar a verdade para ele- disse Manuela.
-Que verdade? É sobre o primeiro Merliniano?
-É Jefferson! Bom, Manu esta certa! – disse Felipe abaixando a cabeça, continuou- Jefferson o nosso querido Senhor Matt, acredita que você é o primeiro Merliniano, pois aquele dia no Museu que você explodiu lá, ele percebeu que sua magia é muito forte coisa que não é normal para nós, aprendizes.
-Como poderia ser o primeiro Merliniano? Tipo... Não entendo.
-É complicado de entender mesmo! Mas o Senhor David esta atrás do primeiro Merliano, por isso que ele mandou seu aprendiz para o distrito, ele quer acabar com você, só que ele não sabe desta suspeita do Senhor Matt.
-Ele quer acabar comigo e eu to aqui em frente à casa dele?- disse num tom apavorado, aquilo não fazia sentido.
-Você está aqui por que é o único mais poderoso entre todos nós, você pode acabar com ele!
-Mas...
-Chega de, mas Jefferson! É a sua grande oportunidade de mostrar para todos do distrito quem você é, e futuramente você pode cuidar do distrito junto com o Senhor Lemoel e Matt.
-Eu não quero cuidar de distrito algum! Quero ir para casa...
-Jefferson, entenda... Seus pais já sabem que você é um feiticeiro, sabem de tudo, e sinto muito de dizer, mas aquele que diz ser seu pai não é...
-Felipe! Chega já falou demais! – gritou Manuela. - Vamos logo acabar com isso tudo, Jefferson você não esta sozinho! Nós confiamos em você e estamos aqui para ajudar. - disse ela nos empurrando para dentro.
 A frase do Felipe ficou na minha cabeça “aquele que diz ser seu pai não é”, como ele não poderia ser meu pai? Desde que eu me lembre, eu nasci ao lado daquele homem que nunca me deu tanta atenção, ele se parecia comigo, e minha mãe? Trair o meu pai? Isso seria ridículo, minha mãe é a mulher mais fiel que eu conheço, quando a gente tinha tempo para conversar ela me contava as coisas, quando havia desconfiança do meu pai sobre ele estar traindo ela, isso seria o mais lógico. Meu cérebro não estava captando esta mensagem direito.
 A casa do Senhor David era simples, a sala ficava do lado direito da casa, a cozinha do lado esquerdo e um corredor para a varanda e uma escada no corredor, provavelmente em cima era os quartos.
-Silencio demais! – disse Felipe.
-Fácil demais! – falei andando na frente.
-Hey! Venham- disse Manuela puxando eu e Felipe para cozinha.
-O que foi?- disse num tom baixo.
-Eu ouvi vozes. - disse Manuela, estávamos todos encostados na parede.
 Manuela estava certa, as vozes não eram da cabeça dela, começamos ouvir passo de duas pessoas descendo a escada, ficamos ali quietos e torcendo para ninguém vir na cozinha.
-Ué? Quem deixou a porta aberta? – era uma voz desconhecida para mim, eu estiquei a minha cabeça e o que consegui ver era o Senhor David.
-Deve ter sido a sua filha! – a outra pessoa falou, mas aquela voz era muito conhecida, era o Xerife.
-Deve ter sido! Vamos para a cozinha, vou pegar uma cerveja para nós! – disse Senhor David.
-Para a cozinha não! Cozinha não! – disse num tom baixo, mas apavorante.
-Cala a boca novato idiota! – disse Manuela colocando sua mão na minha boca.
-Não precisa não David! Preciso mostrar uma coisa antes!
-Tudo bem! – disse David.
-Ufa! – disse Felipe em voz alta.
-Espera ai! Você ouviu isso?- perguntou o Xerife.
-Acho que temos visitantes! – apenas vi a sombra do Senhor David vindo para a cozinha.
 Todos nós ficamos desesperados, eu fiquei com vontade de sair correndo, Felipe ficava me olhando esperando que eu pensasse em algo, Manuela estava com a feição de que queria gritar, ela apenas colocou sua mão em mim e no Felipe e falou algumas palavras em voz baixa e quando eu olhei para baixo eu estava invisível, aquilo era fantástico. Senhor David ficou do lado da Manuela, ficou olhando para todo o canto da cozinha, Manuela tentou segurar a respiração. Senhor David deu uma risada de canto e saiu da cozinha. Esperamos alguns minutos e saímos da invisibilidade. Começamos a conversar por olhar ou sinais, coisa que era engraçado, às vezes não entendia nada ou entendíamos ao contrario.
 Quando finalmente entendi o plano de Manuela, começamos a agir, o plano era o seguinte, íamos ficar invisível e cercar o Senhor David e por fim iríamos atacar quando menos ele esperasse, o plano tinha tudo para dar certo, só havia um problema a campainha havia tocado.
  Ficamos invisíveis e fomos para a sala, o Xerife estava lá olhando para o mapa, a minha vontade era de pegar o mapa de volta e acertar ele, me vingar de quando ele me acertou. Felipe ficou atrás do Xerife, Manuela ficou atrás onde o Senhor David estava sentando e eu fiquei em frente ao lugar.
-Posso saber o que você quer aqui? – perguntou David.
-Eu posso entrar antes?- disse uma voz muito, muito familiar.
-Entre! – disse o Senhor David
 Quando vi, era o Senhor Matt, o que ele estava fazendo ali? Porque ele foi à casa do Senhor David? Eu não entendi nada, agora eu conseguia ver Manuela e Felipe, mas ainda estávamos invisível para as outras pessoas, eu olhei para Felipe e Manuela em busca de respostas, mas os dois também estavam espantados com aquilo.
-Senhor Matheus? – disse o Xerife.
-Olá! David preciso falar com você...
-O que você quer? Já falei para você não vir aqui... Eu só não te ataco agora porque minha filha pode chegar a qualquer momento.
-Eu... Não conta para o. - disse Senhor Matt olhando para mim, eu fiquei com medo de não estar mais invisível eu olhei para a Manuela ela apenas fez um sinal para eu manter a calma.
-Por que você esta olhando para os lados? – perguntou David
-Nada! Esquece o que eu te falei ta?
-De não contar para o seu aprendiz que você é pai dele!- disse Senhor David, de primeiro pensei que fosse eu, mas havia Felipe ali também, afinal não queria aceitar isso de imediato.
-Cala a sua boca!
-Espera ai! Você esta na minha casa ok? E ninguém me manda calar a boca.
-Desculpa! Mas por favor... E pare de mandar seus aprendizes para o meu distrito ok?
-Ele foi um otario! Uma isca fácil para trazer seu querido filho aqui!
-Você é pior que os meus adolescentes sabia?
-Pouco me importa e a propósito, a porta é serventia da casa.
 Senhor Matt saiu, mas antes ele me piscou para mim, acho que ele tava dando o sinal e por sorte Felipe captou a mensagem e atacou o Xerife, Manuela segurou firme o Senhor David e eu por fim ataquei-o, minha magia parecia que estava fazendo cócegas no Senhor David.
-Só isso que você sabe fazer?- disse Senhor David jogando Manuela longe, enquanto Felipe lutava com o Xerife, ele estava se vingando por mim.
-Você vai pagar por isso! – disse fechando minha mão, comecei a jogar vários e várias magias no Senhor David. No entanto foi para longe a casa dele já estava toda acaba, Senhor Matt havia voltado e jogou uma garrafa para o Felipe e gritou:
-Você sabe o que fazer!
 Assim que Senhor Matt falou Felipe pegou a garrafa e colocou o Xerife dentro dela e ali ele estava aprisionado, diziam que quem entra nesta garrafa é muito difícil de sair e é horrível ficar lá, não parecia confortável ficar dentro de uma garrafa. Enquanto eu e Senhor David ficávamos ali lutando Felipe foi ajudar Manuela. Quando ela se levantou ela começou a cantar, bom não era bem cantar, era um barulho irritante, Senhor David apenas caiu no chão tampando os ouvidos, aquele barulho não me afetava, cheguei próximo a ele o David arrancou o meu colar. Agora estavam todos perdidos, olhei desesperadamente para Felipe e Manuela, antes que desse tempo de eu pensar eu ouvi uma voz.
-Acredite em você, meu filho! Use sua magia, você é um feiticeiro muito importante! - Olhei para os lados, não era ninguém, a voz vinha da minha cabeça.
-E agora? Vai fazer o que comigo hein? – disse Senhor David se levantando e rindo.
-Isso! – disse atacando ele, a magia atacou ele longe, já estávamos la fora, agora minha defesa era muito bom e o meu ataque nem se fale, ataquei Senhor David em seguida, quando vejo sua filha estava do lado vendo tudo aquilo, quando ataquei ele pela ultima vez olhei para ela o olhar dela estava triste, ela olhou para mim.
-D-Desculpa! – disse me afastando, Senhor David estava ali esticado no chão.
A criança apenas me olhou e correu para perto do seu pai. Eu fiquei ali parado.
-E-Eu o matei?
-Sim! – disse Felipe com um tom aliviado.
-Mas... Era só isso? Tipo, salvamos o distrito?- disse confuso e apavorado por ter matado uma pessoa.
-Não! – disse Senhor Matt. – Agora finalmente podemos pegar o mapa de volta e a nossa fonte de magia!
-Fonte de magia?
-Isso, é lá que encontramos novos feiticeiros, e é por causa desta fonte que os amuletos funcionam, alguns amuletos, aquele dia no jogo, por mais que alguém quisesse usar alguma magia poderosa não ia ter como, estávamos sem a fonte de magia, e as luzes do distrito fracas... Tudo por causa da fonte! – explicou Felipe.
-Mas pessoas como você novato, não precisa de fonte alguma, você é o primeiro Merliniano! Você é muito poderoso! – disse Manuela.
-Parabéns Jefferson! Agora vou pegar a fonte e vocês, bom me esperem aqui.
 Ficamos ali parados, eu me sentei no chão e fiquei vendo aquela cena da pobre criança chorando pelo seu pai, eu não sabia o que fazer, eu tinha matado o pai dela, eu tinha matado uma pessoa, aquilo estava me deixando doido.
-Vamos pessoal! – era o Senhor Matt.
  Agora Senhor Matt estava com a mochila provavelmente a fonte estava lá dentro. Fomos embora, estávamos voltando para o distrito ou o que tinha sobrado dele, todos estavam animados, Felipe fazia planos para uma festa de recomeço. Manuela parecia feliz também e eu? Estava triste, pensativo demais, fiquei pensando em tudo que fizemos.
-Jefferson, você vai poder escolher a musica hoje, já pensou em alguma?- perguntou Senhor Matt.-Jefferson?
 Eu estava desligado demais, eu apenas olhei para ele e depois para Felipe e Manuela, estavam animados para a minha escolha.
-Tanto faz! Pode deixar outra pessoa escolher.
 E foi assim até chegar ao distrito, eu pensando em tudo, pensando que eu tinha matado o Senhor David e era o primeiro Merliniano, pensando em quem realmente era o meu pai, eu só queria uma coisa naquele momento, ir para casa e viver a minha vida normal.

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