domingo, 15 de abril de 2012

District 9 - Capitulo oito - Não sou tão odiado

Capitulo oito
Não sou tão odiado


Abri o meu olho lentamente, não estava conseguindo raciocinar direito, fiquei com medo, não sabia onde eu estava e se Felipe e Manuela estavam bem. Pensei que havia chegado o meu fim, mas não aconteceu isso estava feliz por isso. Minha cabeça estava doendo muito, meu corpo nem se fala, estava me sentindo diferente. Tentei me levantar, mas estava fraco demais para isso, quando vejo a maçaneta da porta se mexer, eu fingi que estava dormindo e fiquei me preparando para tentar atacar caso seja um inimigo, não podia morrer fácil assim. 
 Pressenti a pessoa sentando ao meu lado na cama, fiquei parado, tive uma grande surpresa, senti uma mão acariciando o meu rosto, sua mão era macia e pequena, era de uma garota, achei que fosse a minha mãe, estava em casa, aquilo tudo era um pesadelo, resolvi abrir os olhos e quando há vejo fiquei surpreso, não sabia o que fazer o que falar era a Manuela Payne acariciando o meu rosto.
-M-Manuela? – perguntei para ter certeza que era ela, assim que eu falei ela tirou suas mãos do meu rosto.
-Você esta acordado! Graças aos magos! Felipe vai ficar muito feliz! Vou chama-lo- disse ela se levantando, seu rosto estava vermelho igual um pimentão.
-Espera! – disse fraco.
-O que foi?- disse ela voltando próximo a mim, mas desta vez não tão próximo.
-Por que você estava fazendo aquilo em mim?
-Aquilo o que novato idiota?
-Me... Acariciando, eu não entendo! –disse tentando me sentar.
-Jefferson- a disse, amei ouvir o meu nome saindo da boca dela, ela estava com o tom de voz muito doce, continuou- Eu... Desculpa-me! Eu não deveria estar aqui no seu quarto e muito menos te acariciando, só que... Esqueça!
-Só que? – disse segurando seu braço.
-Eu...fiquei preocupada com você! Fiquei com medo... De te perder, quer dizer, Felipe ia ficar muito triste se você morresse, ele iria se sentir culpado. – disse ela se sentando ao meu lado da cama, que agora já estava sentado.
-Entendi, mas apenas o Felipe que iria ficar triste?
-Não! Seus pais, amigos, o Senhor Matt e... Eu! – disse ela abaixando a cabeça. Eu estava sem reação, eu queria ouvir isso dela, mas não esperava que ela fosse dizer.
 Ficamos nos encarando por um tempo, não falávamos nada, não fazíamos nada, acho que estávamos tentando raciocinar o que havia acontecido naquele momento. Eu apenas consegui fazer uma coisa, deu um sorriso para ela sem mostrar os dentes e ela bom, me respondeu com um sorriso.
-Acho melhor eu ir!
-Manu, quer dizer, Manuela me desculpa por ter brigado com você, ter falado dos seus pais, eu apenas... É complicado!
-Tudo bem Jefferson! Eu te desculpo... Eu entendo que você estava pensando na criança, mas como o Felipe disse o Senhor David escolheu este fim para ele.
 Ela veio me dar um abraço, não chegou a me apertar por que tinha a noção que estava doendo, o abraço dela foi a melhor coisa, naquele momento quis ficar ao lado dela para sempre, mas uma parte de mim me lembrava de que ela me odiava aquilo era apenas para me agradar e poder salvar o distrito.
 Antes que terminássemos o nosso abraço, nossos rostos ficaram próximos, senti minha respiração se misturando com a dela pelo ar, resolvemos nos aproximar mais, nossos lábios quase se encostaram.
-Hey pessoal! – gritou Felipe abrindo a porta, imediatamente Manuela se afastou rapidamente de mim, quase beijei a Manuela Payne filha de Morgana ou Merlin, a garota que me odeia ou no caso odiava.
-Então, vocês tem algo para me contar? – perguntou Felipe.
-Não temos nada! Cuida deste novato idiota para podermos ir encontrar o Senhor David e podermos voltar para o distrito. - disse ela saindo do quarto.
-Tudo bem! Então, como se sente?
-Eu to bem, eu acho... Estou preparado para a próxima luta com o Xerife!
-E se acidentar de novo? Nada disso, agora me diz uma coisa, você lembra onde era a casa do Senhor David?
-Acho que não, neste momento não! Por quê? Vai me dizer que...
-Isso mesmo! O Xerife pegou o mapa.
-Pelo amor dos Magos!
-Hey! Não fala assim ok? Não tivemos culpa, ele é poderoso, Manuela não conseguiu e a Juliana acabou aparecendo no meio  da briga, foi uma confusão imensa!
-Tudo bem! Agora vamos- disse me levantando, estava pior que uma tartaruga.
-Você não esta nada bem! Andando desse jeito!
-Eu to bem! É só estou com a perna machuca, é normal!
-Tudo bem! Mas antes, você precisa ver como você está!
-Como assim? – perguntei confuso.
-Você ta... Diferente! Ta bem... Feio!
-Eu já sou feio Felipe, pior que isso não fica!- Felipe riu e me passou um espelho, eu fiquei com medo de me ver no espelho, quando eu olhei tava normal, não tinha nada de errado, eu olhei para Felipe e ele estava rindo.
-Você é idiota! Vamos logo Felipe! – disse jogando o espelho na cama.
 Fomos para a sala, ainda estávamos na casa do Senhor Matt, quando chegamos na sala Manuela estava sentada no sofá.
-Vocês demoraram!
-Desculpa Manu, mas o nosso amigo aqui é um senhor agora! – disse ele me ajudando a andar de vez em quando.
-Cala a boca!
-Então meninos, o que vamos fazer agora, já que o Xerife pegou o nosso mapa! – disse Manuela, enquanto eu me sentava no sofá.
-Eu me lembro de onde é! – disse, sem muita certeza. - Me de um papel.
 Felipe foi correndo pegar um papel e uma caneta, enquanto isso eu fiquei ali na sala sozinho com Manuela.
-Desculpa! – dissemos nós dois juntos, rimos deste acontecido.
-A gente não... - falou Manuela.
-Aqui esta o papel e a caneta! – disse Felipe.
 Comecei a desenhar no papel, não era bem a casa do Senhor David mas sim um ponto referencial, o desenho saiu perfeito mesmo eu não sabendo desenhar, acho que deve estar incluindo com os poderes. Entreguei o papel para Felipe e ele ficou espantado.
-Então vamos? – perguntou Manuela.
-Vamos! Consegue andar sozinho velhote? – perguntou Felipe rindo.
-Consigo ta! E eu não sou velhote! – disse me levantando.
 Felipe pegou a mochila que lá estava apenas a garrafa e o livro, que nunca chegamos a ler, pegamos um taxi e fomos para onde o desenho indicava, por sorte o motorista sabia muito bem onde ficava, fomos todos quietos, meus machucados se cicatrizaram sozinhos.
Depois de um tempo chegamos à casa do Senhor David, o taxi parou em frente, eu estava sentado do lado da janela e fiquei apenas observando aquela casa, ela não era estranha para mim, eu já tinha visto ela antes de ver ela no mapa, mas não me lembrava de onde.  
-Esta corrida deu quinze reais! – disse o taxista, nós estávamos paralisados finalmente tínhamos chegado ao local.
-Hey, moleques! O dinheiro da corrida!
-Ah sim toma! – disse Felipe dando nossos quinze reais e cinquenta centavos- Pode ficar com o troco! Vamos pessoal!
 Saímos do carro e ficamos parado em frente a casa. O taxista saiu com o seu carro e ficamos parecendo três patetas na rua olhando para uma casa.
-Vamos entrar! – disse indo na frente.
-Calma! Não podemos entrar assim, ele deve estar nos esperando.- disse Felipe, assim que ele falou isso uma criança abriu a porta e saiu, ficamos sem jeito, eu tentei me esconder mas esconder dela para que? Ela que devia esconder de mim.
-Com licença menina! Mas seus pais estão em casa?- perguntou Manuela.
-Estão sim, pode entrar la! Vocês são da televisão né?
-Somos sim! – disse Felipe.
-Podem entrar! Fique a vontade. – disse a criança pegando sua bicicleta.
  Fomos à frente da porta, eu abri a porta e fiquei ali com medo do que podia acontecer com a gente, foi muita sorte ele estar esperando o técnico de televisão, foi a oportunidade que poderíamos entrar. Entrar naquela casa podia mudar tudo, o melhor ia salvar o distrito de alguma maneira.

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